O projeto do Grupo Cyber era muito bonito, tenho o maior orgulho muito desta criação.
O nome e a identidade visual faziam sentido para a época, quando os Cyber Cafés ainda eram locais de viajantes nerds e tinha um outro significado completamente.
O Grupo Cyber foi um projeto meu de televisão. Era um grupo de 8 programas sobre informática. Apenas um, o Cyber Café, foi ao ar. A idéia era tratar a informática com a seriedade que merece falando a linguagem do público-alvo, não eram programas para leigos. O lema do Cyber era “O Programa Light para Heavy Users“. Infelizmente este projeto está na gaveta por enquanto.
O Cyber Café esteve no ar em 1998 na TV Vinde (extinto canal 3 da Net). Como todo programa de baixo orçamento, a gente acaba fazendo de tudo. Além de ser a responsável pelas entrevistas no programa eu fazia a produção executiva também. Às vezes fazia também dublê de maquiadora, diretora, garçonete, motorista, cozinheira… Foi uma loucura. Fazer televisão – mesmo em emissora pequena – é coisa de maluco, vocês não acreditariam no trabalho que dá.
Outra coisa que é muito legal mencionar é que o programa ia ao ar na internet também, em 1998! Claro que o vídeo era bem menor que o que vemos hoje em dia, afinal banda larga era algo de ficção científica ainda. E o programa era anterior ao youtube. Eu colocava os vídeos em realplayer, em 320×240, algo absolutamente inovador para a época.
Algumas imagens de set:
O programa tinha uma hora de duração, semanal.
Encontrei uma das entrevistas que fiz no Youtube. Curiosamente, a menos técnica de todas. A entrevista está picada em 6 partes por causa da limitação de 10 minutos do youtube.
Dia 07/11/1998, às 13h, Carolina Vigna entrevista Marco Antonio Perna, Webmaster da Agenda da Dança de Salão Brasileira (www.dancadesalao.com/agenda), no programa Cyber Café da Vinde TV (NET, TVA, etc.).
– parte 1
– parte 2
– parte 3
– parte 4
– parte 5
– parte 6
Na parte 4 eu apareço dançando com o Perna. Nós gravamos tudo no mesmo dia e logo depois da entrevista, antes de irmos pro salão gravar os takes de dança, uma lâmpada do set caiu no meu pé e eu estava com uma dor degraçada e com o pé sangrando, mas resolvemos gravar assim mesmo. O Perna foi gentil em não fazer muitas firulas na dança para que, basicamente, eu não caísse de dor. The show must go on.
E, só pra não deixar passar em branco, as animações (e modelagens) em 3D da vinheta de abertura e encerramento são minhas. Foram feitas no 3D Studio DOS, jurássico e ultrapassado. Para a época, eram boas.