Assisti ao vídeo “David Kelley: How to build your creative confidence”, do TED, e resolvi começar, com ele, a minha série “Drops” para o Carreira Solo.

O palestrante começa narrando o caso de um amigo que desiste de uma escultura de argila depois que um grupo de colegas disse que não parecia em nada com um cavalo, sua intenção inicial. Lembrei de uma história narrada no História da Arte do Gombrich, que conta de que uma senhora resolveu dizer ao Manet que sua mulher tinha pernas estranhas para um mulher e que ele teria respondido “Minha senhora, isto não é uma mulher, é um quadro”.

Até quando será que estaremos presos à noção de que a representação naturalista (aquela que imita a natureza) é mais “correta” do que qualquer outra? As geometrizações das máscaras africanas, por exemplo, em nada imitam a natureza mas são fruto de uma intensa intelectualização e abstração e, portanto, sob o ponto de vista do raciocínio humano, muito mais “corretas” do que qualquer fotografia.

Não é disso que o palestrante fala. Desculpem.

Ele fala de como é grave uma criança achar que não é criativa. Esta criança se torna um adulto que acredita que não é criativo e desistem. O problema é desistir. Insista. Não abandone seu projeto pessoal. Mesmo que seja difícil, insista.

O palestrante então conta sobre fobias (cobras, em especial) e sobre um psicólogo, dr. Bandura, que tem um método para curar as pessoas destas fobias. Até que ponto nossas fobias (eu sou claustrofóbica) nos paralisa? Sabemos que as fobias graves paralisam, não é novidade para ninguém, mas será que aquelas que não chegam a merecer a classificação de fobia também não nos paralisam?

A ideia não é nova. Com pequenos passos, um por um, vamos longe. A ideia não é nova mas é boa.

E você, qual o caminho difícil? Será que não está na hora de dar aquele primeiro pequeno passo?

Não vou comentar o final do vídeo para não estragar, assistam, vale a pena.

Abs!