Mais um “post-resposta”, escrito a partir de um e-mail interessante vindo de nossos leitores. Vale o recado sempre: tanto aqui como no FalaFreela, nosso podcast, participações são mais do que bem-vindas.
A dúvida do leitor em questão se iniciava com a temática dos livros. Em retorno de viagem, na companhia de amigos pastores, surgiu a ideia de “regionalizar” o livro aqui no Brasil. Seria o fato do tema religioso um impeditivo para a tradução e publicação por aqui? Claro que não!
photo credit: ED?WW day_dae (esteemedhelga)
No que diz respeito à produção em si do livro, ou seja, da parte revisão-tradução, diagramação, design, gráfica, papel, etc, o fato do livro ter conteúdo religioso não faz nenhuma diferença. Cada publicação, naturalmente, tem sua lógica. Não tratamos um livro infantil da mesma maneira que um romance adulto, por exemplo.
O fato do conteúdo ser religioso é apenas mais um segmento, que terá as suas necessidades respeitadas pelos profissionais envolvidos assim como qualquer segmento. A comercialização do livro religioso, entretanto, é completamente diferente. Existem boas e grandes editoras especializadas neste tipo de publicação. De cabeça agora lembrei da Paulinas, mas existe um monte.
O caminho das pedras
Como se trata de um projeto em parceria com pessoas de fora do país, a parte burocrática toma uma importância maior, que normalmente não tem no mercado nacional. Então, faz primeiro um contrato com os autores te permitindo traduzir e comercializar a obra em português. Em seguida, a tradução e pelo menos uma primeira revisão. Daí registra na Biblioteca Nacional para ter o ISBN. É rápido e barato. E aí, só aí, é que vale a pena começar a procurar editoras para o projeto.
Primeiro tenha em mãos um contrato, o texto traduzido, com pelo menos uma revisão e registrado na BN. Depois você pensa e decide como ou o que fazer e com quem. Você pode partir para uma comercialização direta também, que pode ser beeeeeem mais lucrativo para vocês. Aí é só contratar um bom designer/produtor gráfico para fazer a diagramação e o acompanhamento em gráfica, ir pra gráfica e vender diretamente o livro na sua Congregação.
Se você quiser colocar em livraria, vai precisar de uma editora. Se quiser vender diretamente, não precisa. Recentemente tivemos contato com uma editora on demand, via Editora grande ou pequena. Qual escolher?, que tem uma proposta que achei muito sólida e interessante, é a Leia Sempre, que tenho certeza de que vai te atender bem se você optar por este caminho.
Da parte do contrato, principalmente por envolver legislação de pelo menos 2 países diferentes, eu honestamente te aconselho a contratar ou pedir a ajuda de um advogado de sua confiança. Certo?
Espero que tenham gostado. Qualquer dúvida, é só mandar um e-mail, ou recado de voz.