Acompanho com atenção, infelizmente não ao vivo, o Congresso do Livro Digital. É parte do Congresso da CBL que nem sempre acerta a programação, mas quando acerta, é em cheio.
Entre outros palestrantes igualmente competentes, falou a professora doutora Lucia Santaella. Faço aqui um copy-paste do destaque que a Publish News deu:
Segundo Santaella, cada evolução tecnológica traz um novo tipo de público.“Essa ideia de que essa é a primeira revolução do livro desde Gutenberg é um equívoco”. E cada revolução tecnológica criou um tipo de leitor, até chegar ao leitor imerso e ubíquo das redes sociais, que satisfaz instantaneamente sua curiosidade.
Para Santaella, o que estamos passando é uma revolução não apenas antropológica como também biológica, onde haverá ‘um aumento da externalização do caráter híbrido do pensamento humano’. Mas, mesmo se o livro se tornar totalmente digital, Santaella garante que ele não vai desaparecer:
“Se o livro desaparecer, desaparece também a especialização. E em uma era de ‘hiper-especialização’, não tem como isso acontecer!”
Os “melhores momentos” do Congresso anterior podem ser vistos aqui. O site do evento, que não tem quase nada, é este aqui.
A profª. Santaella é autora de váááários livros e artigos teóricos sobre… Bem, sobre o que está acontecendo. É, eu sei, um pouco amplo isso. Então, sobre o que está acontecendo no mundo contemporâneo (só porque eu odeio a expressão “contemporaneidade”) principalmente sob a ótica da arte e da literatura.
É uma fonte vital de pensamento e questionamento.