Eu sei que me repito às vezes. Voltarei outras vezes ainda ao mesmo assunto. É assim quando a gente acredita de verdade em algo.
Eu sigo a linha do user centered design. Visto a camisa da campanha do Mozilla, “take back the web” e concordo que o controle do seu navegador é seu e não do designer.
Acredito que os sites precisam ser lidos por qualquer um em qualquer lugar. Gasto um tempão testando uma ilustração para me certificar que daltônicos consigam ver o que desenhei.
Acredito que separar a informação da formatação (css) é bom não apenas por questões econômicas mas também para facilitar a vida de simuladores de voz para cegos. Tenho essas preocupações. E, ao mesmo tempo, a estética é importante, a leveza e a sutileza fazem bem e a mensagem precisa ser transmitida com clareza e eficiência.
Não acho que desenvolver sites para aqueles felizardos com banda larga e que não ousam entrar no seu site com um palmtop ou um celular seja a melhor coisa pra a sua empresa. Pelo contrário, acho que a melhor coisa para a sua empresa é que ela seja encontrada e visitada por todos, mesmo que não seja o seu público-alvo. Outro dia indiquei para um amigo o site de um revendedor de motor de lancha, necessidade que eu jamais tive, não sou público de motor de nenhum tipo.
Assim é a internet.
É o mundo de pontas.
Mundo de Pontas (“World of Ends”)
O Que É A Internet E Como Não Confundí-la Com Outra Coisa
Por Doc Searls e David WeinbergerHá erros e há erros.
Aprendemos com alguns erros. Por exemplo: pensar que vender brinquedos para animais de estimação pela Web é um grande jeito de ficar rico. Não vamos repetir este.
Outros erros repetimos muitas vez. Por exemplo, pensar que:
– …a Web, como é a TV, é um jeito de manter os olhos parados para anunciantes desfilarem comerciais;
– … a Internet é algo que as telecoms e as empresas de mídia deveriam filtrar, controlar e de algum modo, “melhorar”.
– … não é bom que usuários de diferentes sistemas de mensagens instantâneas se comuniquem pela Internet.
– … a Internet sofre de uma falta de regulamentações que protejam indústrias que se sentem ameaçadas por ela.
Quando se trata da Internet, muitos de nós sofrem da Síndrome do Erro Repetitivo. Isso vale especialmente para editoras de revistas e jornais, rádio e TV, TV a cabo, a indústria de discos, a indústria de cinema, e a indústria telefônica, para mencionar apenas seis.
Graças à enorme influência dessas indústrias em Washington, a Síndrome de Erros Repetitivos também afeta legisladores, reguladores e mesmo os tribunais. No ano passado a transmissão radiofônica pela Internet, uma indústria nova e promissora que ameaçava oferecer aos ouvintes escolhas muito superiores às oferecidas pelas cada vez mais uniformizadas (e paleolíticas) emissoras AM e FM, foi assassinada no berço. Armas, munições e ocasionais gritos de encorajamento foram supridos pelas gravadoras e pelo DMCA (Digital Millenium Copyright Act), que incorpora todos os receios dos dinossauros-alfa de Hollywood quando fizeram lobby para a sua aprovação pelo congresso americano em 1998.
“A Internet interpreta a censura como um defeito e roteia para contorná-la”, foi uma frase famosa de John Gilmore. E é verdade. A longo prazo, rádio via Internet vai fazer sucesso. Sistemas de mensagens instantâneas irão se intercomunicar. Empresas estúpidas vão ficar espertas ou morrer. Leis estúpidas vão ser revogadas ou substituídas. Mas por outro lado, outra frase famosa, esta de John Maynard Keynes, diz “a longo prazo, vamos estar todos mortos”.
Queremos evitar essa espera.
Basta prestar atenção para o que a Internet realmente é. Não é difícil. A Internet não é mecânica quântica. Olhando de perto, nem é ciéncia de 6a. série. Podemos acabar com a tragédia da Síndrome do Erro Repetitivo nos nossos tempos – e economizar alguns trilhões de dólares em decisões imbecis – se lembrarmos de um simples fato: a Internet é um mundo de pontas. Você está numa ponta, e todos os outros, e todo o resto, estão nas outras pontas.
Claro, isso é uma declaração simplista sobre todo mundo possuir valor na Internet, etc. Mas também é o fato básico e palpável decorrente da arquitetura técnica da Internet. E o valor da Internet se baseia na sua arquitetura técnica.
Felizmente, a verdadeira natureza da Internet não é difícil de entender. Na verdade, apenas uma dezena de afirmativas fazem a diferença entre a Síndrome do Erro Repetitivo e a Iluminação:
– A Internet não é complicada.
– A Internet não é uma coisa, é um acordo.
– A Internet é burra.
– Adicionar valor à Internet reduz o seu valor.
– Todo o valor da Internet cresce na sua periferia.
– O dinheiro se muda para os subúrbios.
– Não é o fim do mundo, é um mundo de pontas.
– As três virtudes da Internet:
– Ninguém é dono.
– Todos podem usá-la.
– Qualquer um pode melhorá-la.
– Se a Internet é tão simples, por que tantos se enganam sobre ela?
– Poderíamos parar de fazer certos erros imediatamente.
1. A Internet não é complicada.
A idéia por trás da Internet, desde o início, foi aproveitar a força espantosa da simplicidade – tão simples quanto a gravidade no mundo real. Mas em vez de ajuntar pedrinhas pequenas em volta de uma pedra enorme, a Internet foi projetada para ajuntar redes pequenas, convertendo-as numa rede única enorme.
O jeito de fazer isso é facilitar ao máximo o envio e recepção de dados de uma rede para outra. Assim, a Internet foi projetada para ser o modo mais simples concebível para mover bits de qualquer A para qualquer B.
2. A Internet não é uma coisa, é um acordo.
Quando olhamos para um poste, vemos redes como fios. E vemos estes fios como parte de sistemas: o sistema telefônico, o sistema de energia elétrica, o sistema de TV a cabo.
Mas a Internet é diferente. Não é fiação. Não é um sistema. E não é uma fonte de programação.
A Internet é um modo que permite a todas coisas que se chamam redes coexistir e trabalhar em conjunto. É uma Inter-net (inter-rede), literalmente.
O que faz a “Net” ser “Inter” é o fato que ela é apenas um protocolo – o protocolo Internet (IP – “Internet Protocol”), para ser mais preciso. Um protocolo é um acordo sobre como fazer coisas funcionarem em conjunto.
Este protocolo não especifica o que as pessoas podem fazer com a rede, o que podem construir na sua periferia, o que podem dizer, ou quem pode dizer. O protocolo simplesmente diz: se você quer trocar bits com outros, é assim que se faz. Se você quer conectar um computador – ou um celular ou uma geladeira – à internet, você tem que aceitar o acordo que é a Internet.
3. A Internet é burra.
O sistema telefônico, que não é a Internet (pelo menos por enquanto) é muito esperto. Ele sabe quem está chamando quem, onde eles estão, se é chamada de voz ou de dados, a distância coberta pela chamada, quanto a chamada vai custar, etc. E fornece serviços que interessam apenas à rede telefônica: chamada em espera, BINA, 0800 e muitas outras coisas que companhias telefônicas gostam de vender.
A Internet, por outro lado, é burra. De propósito. Seus projetistas quiseram que a maior e mais genérica rede de todas fosse estúpida como uma caixa cheia de pedras.
A Internet não sabe muitas coisas que uma rede esperta como a rede telefônica sabe: identidades, permissões, prioridades, etc. A Internet sabe apenas uma coisa: esse pacote de bits tem que ser transportado de uma ponta da rede para outra.
Há motivos técnicos para a burrice ser considerada um bom projeto. A burrice é robusta. Se um roteador quebra, pacotes são conduzidos por outras rotas, o que quer dizer que a rede fica de pé. Graças à sua burrice, a Internet aceita dispositivos novos e gente nova, e por isso cresce rapidamente e em todas as direções. Também é fácil aos projetistas inserirem acesso à Internet em aparelhos novos – filmadoras, telefones, irrigadores de jardim – que vivem na periferia da Internet.
Isso porque o motivo mais importante da burrice ser uma coisa boa se relaciona menos com tecnologia e muito com valor…
4. Adicionar valor à Internet reduz o seu valor.
Parece estranho, mas é verdade. Se você otimiza uma rede para um tipo de aplicação, você está desotimizando-a para outras. Por exemplo, se você deixa a rede dar prioridade a dados de voz ou vídeo porque precisam chegar mais rapidamente, você está dizendo a outras aplicações que elas terão que esperar. E logo que você fizer isso, você terá mudado a Internet de uma coisa simples para todos para uma coisa complicada para apenas uma certa coisa. E aí não será mais a Internet.
5. Todo o valor da Internet cresce na sua periferia.
Se a Internet fosse uma rede esperta, seus projetistas teriam antecipado a necessidade de um bom mecanismo de busca e teriam integrado isso na própria rede. Mas como os projetistas eram inteligentes fizeram a Internet burra demais para isso. Assim, a busca é um serviço que pode ser implantado em qualquer uma das milhões de pontas da Internet. Como qualquer um pode oferecer os serviços que quiser a partir da sua ponta, sites de busca competem entre si, o que significa escolha para os usuários e inovações constantes.
Sites de busca são apenas um exemplo. Porque tudo que a Internet faz é jogar bits de uma ponta para outra, inventores podem fazer qualquer coisa que puderem imaginar, contando com a Internet para mover os dados para eles. Você não precisa pedir permissão ao dono da Internet ou ao administrador de sistema ou ao Vice-Presidente de Priorização de Serviços. Se você tem uma idéia, basta executá-la. E toda vez que você faz isso, o valor da Internet sobe.
A Internet criou um mercado livre para inovações. Esta é a chave para o valor da Internet. Do mesmo modo…
6. O dinheiro se muda para os subúrbios.
Se todo o valor da Internet está na sua periferia, a conexão Internet em si deve virar uma função primária, uma commodity. E deve-se permitir que isso aconteça.
Prover commodities é um bom negócio, mas qualquer tentativa de adicionar valor à própria Internet deve ser combatida. Para ser específico: aqueles que fornecem conectividade Internet inevitavelmente vão querer prover conteúdo e serviços também, porque a conectividade apenas terá preço muito reduzido. Mantendo essas funções separadas, vamos permitir que o mercado estabeleça preços que maximizem o acesso e que maximizem inovações em serviços e conteúdo.
7. Não é o fim do mundo, é um mundo de pontas. (“The end of the world? Nah, the world of ends.”)
Quando Craig Burton descreve a arquitetura burra da Internet como uma esfera oca composta inteiramente de pontas, ele está usando uma imagem que mostra o que é mais extraordinário sobre a arquitetura da Internet: retire o valor do centro e você viabilizará um crescimento louco de valor nas pontas interconectadas. Porque, claro, se todas as pontas estão conectadas, cada uma com cada uma e cada uma a todas, as pontas deixam de ser pontos finais.
E o que nós, pontas, fazemos? Qualquer coisa que pode ser feita por qualquer um que quer mover bits.
Notou nosso orgulho em dizer “qualquer coisa” e “qualquer um”? Isso decorre diretamente da arquitetura simples e burra da Internet.
Porque a Internet é um acordo, não pertence a nenhuma pessoa ou grupo. Não às empresas estabelecidas que operam a espinha dorsal (“backbone”). Não aos provedores que nos fornecem conexões. Não às empresas de “hosting” que nos alugam servidores. Não às associações de indústrias que acreditam que sua sobrevivência é ameaçada pelo que nós outros fazemos na Internet. Não a qualquer governo, não interessa quão sinceramente acredita que está tentando manter seus cidadãos seguros e complacentes.
Conectar à Internet é concordar em crescer o valor na periferia. E aí algo realmente interessante acontece. Todos estamos igualmente conectados. A distância não importa. Os obstáculos desaparecem e pela primeira vez a necessidade humana de conectar pode ser realizada sem barreiras artificiais.
A Internet nos dá os meios de nos tornarmos um mundo de pontas pela primeira vez.
8. As três virtudes da Internet
Esses são os fatos sobre a Internet. Como avisamos, é tudo muito simples.
Mas o que significa para nosso comportamento – e, mais importante, o comportamento das megacorporações e governos que até então agiam como se a Internet fosse deles?
Aqui estão três regras básicas de comportamento que estão diretamente ligadas à natureza básica da Internet:
a. Ninguém é dono.
b. Todos podem usá-la.
c. Qualquer um pode melhorá-la.
Vamos olhar cada uma de perto…
8a. Ninguém é dono.
Ninguém pode ser dono da Internet, mesmo as empresas por cujos “fios” ela passa, porque é um acordo, não uma coisa. A Internet não só está no domínio público, ela é um domínio público.
E isso é uma boa coisa:
– A Internet é um recurso confiável. Podemos montar empresas sem nos preocupar que a Internet SA vai nos forçar a atualizar, dobrar o preço depois de assinarmos, ou ser comprada por um dos nossos competidores.
– Não precisamos nos preocupar que partes dela só funcionarão com certo provedor e outras partes só com outro provedor, como acontece com celulares, por exemplo.
– Não temos que nos preocupar que suas funções básicas só funcionarão com a “plataforma” da Microsoft, Apple ou AOL – porque aquelas ficam embaixo destas, fora de controle proprietário.
– A manutenção da Internet está distribuída entre todos usuários, não concentrada nas mãos de um provedor que pode quebrar, e nós todos juntos somos um recurso mais robusto do que qualquer grupo centralizado poderia ser.
8b. Todos podem usá-la.
A Internet foi projetada para incluir todos os habitantes do planeta.
Certo, hoje apenas uma fração da população – pouco mais de 600 milhões de pessoas – está conectada à Internet. Então – “podem” na frase “todos podem usá-la” – se sujeita às variações miseráveis da sorte. Mas, se você tem a sorte de ser rico o suficiente para ter uma conexão e um dispositivo que se conecta, a Internet em si não impõe obstáculos à sua participação. Você não precisa de um administrador de sistemas que se digne deixá-lo participar. A Internet, deliberadamente, deixa permissões do lado de fora do sistema.
É por isso que a Internet, para muitos de nós, tem o jeito de um recurso natural. Nós nos aproveitamos dela como se fosse uma parte da natureza humana que estava esperando aparecer – tanto quanto falar e escrever agora fazem parte do que significa ser humano.
8c. Qualquer um pode melhorá-la.
Qualquer um pode fazer a Internet um lugar melhor de viver, trabalhar, e criar filhos. Para piorá-la, precisa-se de alguém extremamente estúpido com uma vontade de ferro.
Há duas maneiras de melhorá-la. Primeiro, você pode montar um serviço na periferia da Internet que esteja disponível para quem queira usá-lo. Faça de graça, faça as pessoas pagarem por ele, coloque uma marmita para receber moedinhas, qualquer coisa.
Segundo, você pode fazer algo ainda mais importante: habilite um conjunto novo de serviços de periferia inventando um novo acordo. Foi assim que se criou o e-mail. E newsgroups. E mesmo a Web. Os criadores destes serviços não fizeram uma simples aplicação final, e certamente não mexeram no protocolo da Internet em si. Em vez disso, inventaram protocolos novos que usam a Internet do modo que ela existe, do mesmo modo que o acordo de como encodificar imagens em papel permitiu às máquinas de fax usar linhas telefônicas sem a necessidade de mudar o sistema telefônico em si.
Lembre-se, porém, que se você inventar um novo acordo, para que ele gere valor tão rapidamente quanto a própria Internet, ele deve ser aberto, sem donos, e para todo o mundo. É exatamente por isso que os sistemas de mensagens instantâneas não conseguiram atingir seu potencial: os sistemas atuais – AIM e ICQ da AOL e MSN Messenger da Microsoft – são territórios particulares que podem rodar em cima da Internet, mas não são parte da Internet. Quando AOL e Microsoft decidirem rodar seus sistemas de mensagens em cima de um protocolo burro que não tem dono e que qualquer um pode usar, terão aumentado grandemente o valor da Internet. Enquanto isso, eles apenas estão sendo burros, e não no bom sentido.
9. Se a Internet é tão simples, por que tantos se enganam sobre ela?
Seria porque as três virtudes da Internet são a antítese do modo como governos e empresas vêem o mundo?
Ninguém é seu dono: empresas se definem pela sua propriedade, e governos se definem pelo que controlam.
Todos podem usá-la: nas empresas, vender algo significa transferir direitos exclusivos de uso do vendedor para o comprador; nos governos, fazer leis significa impor restrições às pessoas.
Qualquer um pode melhorá-la: empresas e governos valorizam funções exclusivas; apenas certas pessoas podem fazer certas coisas, fazer as alterações corretas.
Empresas e governos pela sua própria natureza são propensas a entender erradamente a natureza da Internet.
Há outra razão porque a Internet não se explicou muito bem: as grandes empresas preferem ficar nos dizendo que a Internet é apenas uma televisão lenta.
A Internet tem sido demais como Walt Whitman, que no poema “Cantiga de mim mesmo” (“Song of myself”) disse: “Não me preocupo em ser entendido. Eu vejo que as leis elementares nunca se desculpam.”
De outro lado, as leis elementares da Internet nunca pensaram que haveria pessoas tentando basear suas carreiras em não entendê-las.
10. Poderíamos parar de fazer certos erros imediatamente.
As empresas cujo valor veio de distribuir conteúdos em formatos que o mercado não quer mais – estão escutando, gravadoras? – podem parar de pensar que bits são átomos ultra-leves. Vocês nunca vão nos impedir de copiar os bits que quisermos. Em vez disso, por que não nos dar razões para preferir comprar música de vocês? Poderíamos até ajudá-los a vender, se nos pedissem.
Os funcionários públicos que confundem o valor da Internet com o valor dos seus conteúdos poderiam entender que, mexendo no centro da Internet, estão na verdade reduzindo seu valor. Na verdade, talvez poderiam entender que ter um sistema que transporta todos os bits igualmente, sem censura de governos e indústrias, é a força mais poderosa já vista a favor da democracia e dos mercados abertos.
Os provedores existentes de serviços de rede – dica: começa com “tele” e termina com “comunicações” – poderiam aceitar que a rede burra vai engolir as suas redes espertas. Eles poderiam engolir essa pílula agora em vez de gastar centenas de bilhões de dólares para retardar o processo e lutar contra o inevitável.
As agências governamentais responsáveis pela alocação de espectro poderiam notar que o valor do espectro aberto é o mesmo valor real da Internet.
Os que querem censurar idéias poderiam entender que a Internet nunca conseguiria distinguir um bit bom de um bit mau, em qualquer circunstância. Qualquer censura teria que ser feita nas pontas da Internet – e nunca vai funcionar bem.
Talvez empresas que pensam que podem nos forçar a escutar suas mensagens – seus banners e telas intrometidas que se superpõem às páginas que estamos tentando ler – entendam que nossa habilidade de pular de site em site faz parte da infraestrutura da Web. Elas poderiam simplesmente abrir páginas dizendo “Olá! Não entendemos a Internet. E aliás, te odiamos.”
Chega disso. Chega de bater nossas cabeças contra os fatos da vida na Internet.
Não temos nada a perder, apenas nossa burrice.