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O @falafreela volta hoje em sua edição 120, a primeira da oitava temporada, com programas semanais, todas as segundas-feiras, em meio a um momento particular em sua vida, na vida de todos e na do planeta.

Mas, recomeça um pouquinho diferente para seguir com alguma utilidade na vida de quem optou por, através de sua criatividade e inovação, montar sua própria trajetória profissional.

Nossa ideia é ter um recorte mais amplo, trazendo discussões que transcendam o arco inicial (as sete primeiras temporadas, todas ainda no ar). Uma semana podemos estar falando de criatividade, na outra de economia, na terceira entrevistando algum empreendedor e vão rolar edições que apenas a experiência e o bate-bola vão dar conta do recado.

Entenda rapidamente o programa de retorno

Sobre o que falar em um difícil programa de recomeço depois de quase quatro anos de hiato? Ficamos algumas semanas debatendo e subindo sugestões de pauta no trello do projeto e, para desencantar, optamos por um tema que englobasse ouvintes de ontem, hoje e do futuro: a economia criativa.

Para você se orientar, um rápido resumo:

  • Relembramos o que fizemos desde que gravamos juntos pela última vez. Carol, fez graduação, mestrado e doutorado e hoje dá aulas em algumas instituições em SP, Domene fez eu estúdio Next crescer compondo trilhas premiadas no mundo todo e Mauro segue com a contemconteudo.com e um mestrado falando justamente sobre podcasts!
  • Explicamos por que voltamos com o programa agora, em meio à pandemia, qual será o nosso foco preferencial e de como você pode participar;
  • Conversamos sobre o estado atual do segmento da Economia Criativa, porque ela é tão importante em um momento como esse e também os motivos de ser uma alternativa de resistência a crescente automação das atividades;
  • Demos dicas para quem quer se situar com alguma diferenciação em um cenário como esse, falando sobre cursos rápidos, formação clássica e métodos de trabalho;
  • Indicamos dois livros: o 24/7 do Jonathan Crary e o Sociedade do Cansaço, do Byung-Chul Han.

Um retorno que começou com um experimento mental

Embora o áudio que abra o programa de retorno do FalaFreela tenha sido gravado após o nosso reencontro, senti que faltava algo. E olha que estão sobrando bons momentos nos 30 minutos que você vai ouvir, mas ainda assim, senta que lá vem história. Uma prequel, se você preferir. 

Eu, Domene e Carol, desde o começo do podcast, que remonta 2008, mantivemos um contato paralelo às gravações motivado por assuntos tão variados quanto propostas de negócios, ajuda mútua em jornadas acadêmicas ou só para saber mesmo como andava a vida daquelas pessoas que comigo ajudaram a montar um dos primeiros podcasts – senão o primeiro – a falar para o público de profissionais independentes, freelancers e empreendedores.

O tempo passou e com ele a constante impermanência das coisas, como manda o caos, o verdadeiro regente dessa pedra sideral. A vontade de voltar aumentou com o isolamento social e os home-offices compulsórios.

Pensei: se há 10 anos atrás a gente soava pertinente, que dirá agoraNós temos que voltar, Domene sinalizava quando mostrei uma landing page da contém conteúdo sobre podcastsEu topo gravar, pronto falei, disse Carol, quando lhe pedi uma entrevista em tom de revival do projeto.

Calma, isso tudo será explicado no programa a seguir. Essa abertura é sobre outra coisa. Foi sobre a leitura que tive, sobre algo que me chamou atenção ao revisar e editar o programa – que conta com a mixagem luxuosa do próprio Domene que está a frente do estúdio Next desde sempre.

O que me chamou atenção é que – embora o tema seja o estado atual da Economia Criativa em tempos de Pandemia – , por baixo de cada frase, de cada piada, de cada raciocínio – , estava o tom do reencontro.

Em uma época em que reencontros só são possíveis de forma virtual. E um reencontro com pessoas tão importantes para a minha jornada como produtor de conteúdo digital e de podcasts em particular. Reencontro que precede o próprio encontro, aliás.

Tentei ao longo dos anos em meus bate e voltas em São Paulo tomar café com eles dois por inúmeras vezes. Mas, a rotina e voos com horário apertado (é comum eu começar o dia em SP e fechar o final da tarde já com algumas entregas no Rio, por exemplo), bloquearam esse papo. Por anos. Décadas.

Só o mesmo o Apocalipse para nos reunir, vou dizer já já no programa que marca o retorno da meia hora mais valiosa do seu dia. Só que o que para alguns pode ser o fim do mundo, para nós três talvez tenha sido apenas acepção mais literal da palavra: uma revelação.

Nos revelamos necessários, beirando os 50 anos, depois de achar que nosso podcast já tinha cumprido seu arco principal. Reiniciamos, então um novo ciclo.

Para onde ele vai nos levar, só vocês poderão no dizer.

Agora sim. Podemos começar.